São mais de 370 espécies no Brasil, dentre tantas fica difícil identificar quais são mortais; pensando nisso o Brilhantemente lista aqui as 5 mais peçonhentas, confira.
No
Brasil as serpentes peçonhentas se agrupam principalmente em 2 famílias. As Elapidae
e as Viperidae.
Elapidae
são as cobras corais, e Viperidae são as Cascavéis e Jararacas.
As mais agressivas e responsáveis por 90% dos acidentes com humanos são as Jararacas, seguidas pelas Cascavéis 7%, Surucucus 2% e por fim as Corais 1%. São de botar medo em qualquer um e não é por menos, segue a lista das 5 mais peçonhentas, acompanhem.
5 – Surucucu pico-de-jaca
A Sururucu pico-de-jaca é a maior serpente peçonhenta das Américas. Possui atividade noturna e hábito terrícola, abrigando-se durante o dia no oco de troncos, entre as raízes salientes das árvores e em tocas abandonadas.
Sua dentição é solenóglifa (dentes injetores anteriores ocos, por onde escorre o veneno). A espécie é dotada de fosseta loreal entre o olho e a narina; são orifícios com o fundo revestido por uma membrana sensível a pequenas variações de temperatura.
Amarela com desenhos negros, a surucucu chega a 2,5 metros de comprimento, a cauda é longa e é maior que 30% do seu comprimento total. Ela é difícil ser avistada, pois quando em perigo finge ser um ramo do arbusto para escapar dos predadores.
Suas defesas são vibrar a cauda com movimentos rápidos e repetidos e soltar uma descarga cloacal (expulsão de fezes e outras substâncias).
O veneno apresenta ação proteolítica
(atividade inflamatória aguda), hemorrágica, coagulante e neurotóxica.
Sintomas: dor aguda, edema e equimose (que pode progredir para todo membro acometido), formação de bolhas, gengivorragia e hematúria, bradicardia, hipotensão arterial, sudorese, vômitos, náuseas, cólicas abdominais e distúrbios digestivos (diarreia). A vítima poderá falecer por insuficiência renal aguda.
4 – Jararaca Ilhoa
Endêmica da ilha de Queimada Grande, na costa litorânea de São Paulo, na cidade de Itanhaém.
Se adaptou para vida semi-arborícola, ou arborícola, o que reflete em vários aspectos do seu comportamento e morfologia. Esse animal consegue ficar mais de 7 meses sem comer.
Seu veneno é estudado pelo Instituto Butantan, porém, o antídoto é pouco fabricado, pois apenas pesquisadores têm autorização para ir até tal Ilha.
O veneno é muito perigoso, pois, devido a sua ação inibidora, o indivíduo morre pela falência geral orgânica em 2 horas depois de ser inoculado. A rápida ação e também potente desse veneno possibilita que a cobra se alimente de aves, e evita que sua presa escape.
3 – Jararaca de Alcatrazes
A Jarara de Alcatrazes ou “Bothrops alcatraz” é uma espécie da família Viperidae. Existe apenas no Brasil, onde é encontrada na ilha de Alcatrazes no estado de São Paulo.
15 mil anos atrás, somente as jararacas comuns habitavam a região da ilha, que ainda era ligada ao continente devido ao recuo da água do mar. Quando as águas voltaram a subir e a montanha voltou a ser um arquipélago, as jararacas que ali permaneceram isoladas rapidamente acabaram com os roedores do local, sua principal comida e tiveram que começar a se alimentar de baratas e lacraias, cujo valor nutritivo menor.
Isso fez com que as cobras lentamente fossem reduzindo seu tamanho até não atingirem mais do que 50cm, um processo conhecido como especiação alopátrica.
A diferença não ficou apenas no tamanho. O veneno da Alcatraz também se diferenciou do veneno da jararaca do continente, tornando-o especialmente interessante para estudos bioquímicos e moleculares, visando ao desenvolvimento de novos fármacos, já serviu de base para o desenvolvimento de um dos medicamentos anti-hipertensivos mais usados no mundo, o captopril.
Massssss, não se engane pela dimensão da cobra, o veneno é 10 vezes mais forte que jararacas do continente, que gera paralisação nervosa causando a morte da vítima em menos de 2 horas.
2 – Cascavel
Como característica mais marcante a cascavel tem um som de chocalho forte. Ocupam o primeiro lugar no número de mortes causadas por acidentes ofídicos.
Cobra da família Viperidae. As cascavéis podem ser encontradas na Argentina, Brasil e Colômbia.
A espécie tem veneno neurótico, que vai afetar o sistema nervoso, a vítima tem dificuldades para respirar e se locomover. E os sintomas mais comuns se caracterizam visão turva, flacidez no rosto, paralisia de músculos dos olhos, e visão dupla.
Muitos relatos dão conta de que sua picada é indolor, e o veneno no corpo do indivíduo as vezes se manifesta apenas depois de 6 horas do acidente. Isso causa a falsa impressão de uma picada sem veneno; a procura tardia por socorro é fatal!
Poderoso ele destrói as células do sangue das vítimas, causa lesões musculares, afeta os sistemas nervoso e renal.
1- Cobra Coral
Pertencem à família Elapidae. Um grupo de serpentes que tem o mais forte veneno e letal no planeta.
São encontradas na África, Ásia, Austrália e Brasil. A família de cobras corais são representadas por 39 espécies e subespécies, 36 pertencentes para gênero Micrurus, e 3 para gênero Leptomicrurus.
Veneno de ação neurotoxina, seus efeitos principais se resumem a visão borrada e dupla, face alterada, aumento de salivação e dores musculares.
A insuficiência respiratória pode acontecer em menos de 1 hora ocasionando morte. No país, tais espécies podem ser percebidas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia e Tocantins.
Se isso é uma boa noticia, as corais são responsáveis por apenas 1% dos acidentes ofídicos pois elas são extremamente calmas e não costumam atacar. Geralmente somente em caso de pisar acidentalmente em uma, ainda assim ela nem sempre utiliza veneno em suas picadas.
Esqueçam os padrões de cores que aprendemos nas escolas nos anos 80, eles não valem de nada portanto você pode confundir uma falsa coral facilmente com uma verdadeira.